terça-feira, 24 de maio de 2011

Ar.


"Ah, se voce pudesse sentir
Como é não conseguir dormir sem ouvir a tua voz cansada
Voce devia estar aqui pra ver
Aqui nao pára de chover desde que você voltou pra casa

Se meu lar for onde houver tua respiração
Vou morar na tua voz
Ao menos até o final dessa canção
No teu coração

Ah, será que você vai lembrar
Onde é que você vai guardar o rascunho dessa história?
Ou vai fazer fogueira pra queimar
E ver que não dá pra fechar a biblioteca da memória?

Você já me conheceu o bastante pra saber
Se eu sou ou não bom o bastante pra você
Quando acordar
E o meu nome sussurar

Eu posso te ouvir
E eu sinto como se nós
Não estivéssemos a sós
Você está aqui
Eu sinto que eu posso estar
Em qualquer lugar
Eu sinto que eu sou o ar"

Ah, Lucas César!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Pra nós, meninas.


Pra nós que entendemos nossas gargalhadas enquanto temos vontade de chorar.
E que dizemos estar tudo bem. Que damos jeito no cabelo.
E que mentimos não amar pra quem amamos.
E pra todo nó na garganta que nos consome nas piores horas.
Pras vontades contínuas que temos de fugir.
E a toda desculpa bem vinda de dor de cabeça quando não queremos papo com ninguém.
Pra todas nós que sabemos lidar com uma decepção, e com uma desilusão.
E que temos bom gosto ao querer alguém que nos respeite, e nos ame de verdade.
Pra nós que estamos sempre carentes de abraços, e qualquer outro tipo de carícia.
E que nos derretemos com qualquer gesto surpreendente.
Pra nós que temos sentimentos frágeis.
E razões sensívelmente ditas.
Pra nós, portadoras de um ingênuo coração capaz de domar uma mente masculina melhor do que qualquer outro ser já existente.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pode ser.


E a gente dá o nosso jeito.
E a gente volta pra lembrar que o amor nem sempre é amor.
E que o amor nem sempre é bom.
O dia que todos souberem se é amor.
Nós não precisaremos dar o nosso jeito. E nós não precisaremos do amor.
Nem tampouco amar.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Dreaming.


Eu tive um sonho a um tempo atrás.
Um sonho estranho.
Difícil de acreditar.
Um sonho, que as vezes é raro de sonhar.
Um sonho que se acorda, querendo voltar.
Pro sonho, pro sono, pro tudo.
Ás vezes fica longe, difícil de enxergar.
Ás vezes fica frio, difícil de esquentar.

Eu não queria.



E, ele sumiu.
Como um pássaro que passou a pouco.
Como uma nuvem preta, que não fez chover.
Como uma ventania que vôou.
Como um temporal que se foi.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Mine.


Que vontade. Que desespero.
Largar tudo, jogar pro alto. Dizer tudo que quero, e que não quero.
Voltar, chorar, abraçar, beijar, apertar. Chorar. Mas, do teu lado.
Quanta sensibilidade.
Se eu chegar perto de um vírus, eu pego. Estou com a imunidade baixa.
E, eu sei que se eu continuar desse jeito. Vou falar o que eu não devo, pra quem não deve ouvir.
Será?
Não que não deva. Mas, eu não devo dizer. Eu não devo sentir.
Tá doendo. Tá machucando.
Até quando tudo isso?
Me deu vontade de voltar.